A depressão Cláudia aproxima-se de Portugal continental e do arquipélago da Madeira, trazendo consigo vento forte, chuva persistente e ondulação elevada. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), esta massa de ar instável encontra-se centrada a sudoeste das ilhas britânicas e deverá manter-se quase estacionária nos próximos dias, com efeitos sentidos a partir desta terça-feira à noite.
Na Madeira, o agravamento do estado do tempo será mais notório entre a madrugada de quarta-feira e a tarde de domingo, sobretudo na Costa Sul e nas Zonas Montanhosas.
Já em Portugal continental, a chuva e o vento começarão por atingir o Minho, estendendo-se gradualmente ao restante território ao longo do dia 12 e seguintes. Segundo a mesma fonte, a passagem de sucessivas linhas de instabilidade deverá prolongar-se até ao fim de semana.
Chuva persistente e vento forte
Estão previstos períodos de chuva por vezes forte, especialmente nos dias 12 e 13 de novembro, podendo ser acompanhados de trovoada. A partir de quinta-feira à tarde, a precipitação deverá ocorrer sob a forma de aguaceiros, por vezes intensos. Os maiores acumulados de chuva deverão verificar-se no litoral Norte e Centro, bem como nas regiões montanhosas.
O vento, proveniente do quadrante sul, começará a intensificar-se a partir desta terça-feira, com rajadas que podem atingir os 70 km/h no Minho e 80 km/h nas terras altas.
Segundo a mesma fonte, o pico de intensidade está previsto para quinta-feira, altura em que se esperam rajadas até 90 km/h no litoral e 120 km/h nas zonas mais elevadas.
A agitação marítima será igualmente significativa, com ondas de sudoeste entre três e quatro metros, podendo temporariamente atingir os cinco metros na quinta-feira. O IPMA adverte que mesmo zonas habitualmente mais abrigadas, como a costa sul do Algarve ou a região da Arrábida, poderão ser afetadas.
Proteção Civil deixa recomendações
Perante este cenário, o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira alertou para o risco de queda de árvores e ramos, danos em estruturas ou equipamentos expostos ao vento e inundações em zonas urbanas. O piso rodoviário poderá tornar-se escorregadio, e há também risco de arrastamento de objetos para as vias e de dificuldades de drenagem em locais vulneráveis.
A Proteção Civil recomenda, por isso, a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a retirada de objetos soltos que possam ser arrastados e a fixação adequada de estruturas como andaimes e placards. Aconselha ainda prudência na circulação junto a áreas arborizadas e costeiras, onde as condições poderão ser particularmente adversas.
Nas zonas montanhosas e vertentes expostas, o cuidado deve ser redobrado. É também recomendada atenção às atualizações meteorológicas e às indicações das autoridades, sobretudo nos locais historicamente mais vulneráveis.
Segundo o IPMA, entidade nacional especializada em meteorologia e climatologia, os efeitos da depressão Cláudia deverão manter-se até ao final da semana, com melhoria gradual das condições apenas a partir de domingo.
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