Numa luta contra a seca que assola a região do Algarve, os citricultores enfrentam tempos difíceis enquanto esperam por chuva que possam aliviar a escassez de água. Ao longo de quatro meses, quase toda a cadeia de produção foi impactada, deixando as prateleiras vazias de laranjas algarvias, como nos conta a Sic Notícias.
O perímetro de rega de Silves, uma das principais áreas de produção de citrinos na região, fechou as comportas há um mês, aguardando ansiosamente por chuvas que recarreguem as albufeiras.
Com novas fontes de água escassas e sem previsão de chuva até o final do ano, os citricultores estão explorando métodos de rega mínima que garantam apenas a sobrevivência dos pomares. A apreensão em relação à seca paira sobre a campanha de Inverno, após uma quebra de 50% na última colheita.
Apesar de alguns pomares aparentarem vitalidade devido às chuvas recentes, as previsões futuras não trazem alívio para os produtores. O perímetro de rega de Silves, essencial para a produção de citrinos, permanece fechado na esperança de recarregar as reservas hídricas.
Em áreas como Portimão e Lagos, os canais de rega da Bravura enfrentam o risco de secarem pelo terceiro ano consecutivo. Pomares inteiros estão à mercê da disponibilidade hídrica para garantir a sua sobrevivência.
Esta situação coloca em destaque a vulnerabilidade dos citricultores e a importância de estratégias sustentáveis de gestão da água, enquanto a incerteza paira sobre o futuro da produção de citrinos no Algarve.
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