Pelo quinto ano consecutivo, os 5,5 milhões de finlandeses garantem o primeiro lugar no relatório anual patrocinado das Nações Unidas: o Relatório da Felicidade Mundial, este ano na sua edição número 10, mantém a liderança da Finlândia, seguida de Dinamarca, Islândia, Suíça e Países Baixos.
Portugal aparece no segundo terço da classificação, na posição 56, uma subida de dois lugares que, ainda assim, nos mantém entre as últimas nações de um continente europeu cada vez mais coeso: o fosso entre os países ocidentais e os oriundos do antigo bloco de Leste tem vindo a atenuar-se.
Nestes 10 anos, as maiores subidas na classificação foram registadas por Sérvia (este ano no 43º lugar), Bulgária (85º) e Roménia (28º).
Os dados compilados pela equipa de especialistas responsável pelo tratamento dos resultados das sondagens levadas a cabo entre 2019 e 2021 pela Gallup refletem o pano de fundo da pandemia de covid-19, mas não os efeitos globais e locais da guerra na Ucrânia.
Uma das conclusões mais evidentes é a crescente importância de ações de solidariedade: as doações para caridade, a ajuda a estranhos e transeuntes e o trabalho voluntário cresceram à volta de 25%.
Há, além disso, um efeito menos visível nas mentalidades — nos países mais desenvolvidos, as pessoas já assumem que o seu conceito de felicidade era um antes da covid e outro depois da eclosão da pandemia.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL