Carlos Gonçalves Luís, um dois nomes de destaque do sector turístico regional, é o novo presidente da Associação de Turismo do Algarve (ATA) e garante assim a Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) ter aos comandos da ATA um dos seus homens fortes.
O novo líder da ATA era já vice-presidente da associação e tomou posse hoje, perto da hora do almoço, no edifício do Turismo do Algarve em Faro. O novo líder contará na sua equipa com Desidério Silva (RTA), Victor Faria (AIHSA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve), Elidérico Viegas (AHETA – Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve), Daniel do Adro (Hotel Quinta do Lago), António Correia Mendes, (ANA Aeroportos – Aeroporto de Faro), Duarte Correia (APAVT – Associação das Agências de Viagens e Turismo), Élio Vicente (Zoomarine) e João Paulo Sousa (Benamor Golf).
A lista vencedora foi a única a concorrer ao acto eleitoral e não reuniu consenso, com a Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve dirigida por Elidérico Viegas a ver cair a possibilidade de ter como presidente um homem da sua escolha.
ACRAL preside à Assembleia-Geral
A Assembleia-Geral da ATA fica agora entregue à ACRAL (Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve) pelo que será presidida por Victor Guerreiro, presidente daquela associação sectorial. Jorge Moedas (Lusotur) é o novo secretário, enquanto Renato Pereira (Hotel Júpiter), ocupa o lugar de vogal neste órgão.
Ricardo Cipriano (Castro Marim Golfe) passa a liderar o Conselho Fiscal, Laurentino Almeida (Golfauto) assume a vice-presidência e a Filipe Contreiras (Loulé Jardim Hotel) cabe a posição vogal do órgão de fiscalização.
O que muda, ou não
Com esta eleição pôs-se fim à dupla presidência pela mesma pessoa das instituições responsáveis pela gestão do turismo regional. Anteriormente o presidente da ATA era por inerência de funções quem ocupasse o lugar de presidente da Região de Turismo do Algarve, criando um domínio do sector público em ambas as instituições com uma presidência sempre determinada por decisões políticas.
Mas a verdade é que sendo Carlos Luís um dos homens de confiança de Desidério Silva pode ter-se posto em causa, na prática, aquele que era o principal objectivo da alteração da legislação operada recentemente, o de garantir ao sector privado o domínio da ATA.