Estamos a pouco mais de um mês da chegada da Black Friday (24 de novembro), mas as promoções de meia-estação começam aos poucos a chegar às lojas. Os cartazes que se veem da rua a informar os saldos e promoções atraem clientes, apesar de a DECO Proteste alertar para os “descontos enganadores”.
Só nos últimos quatro anos, a ASAE multou 2488 operadores por irregularidades nos saldos e promoções. Até 31 de agosto deste ano, o Estado já arrecadou quase 189 mil euros à conta das multas atribuídas a 269 empresas. As coimas podem ir até aos 24 mil euros.
Diz a lei que a descida de preços deve ter em conta o montante mais baixo praticado em loja nos últimos 30 dias, contudo, grande parte das empresas faz a redução de preços tendo como base o chamado preço de venda ao público recomendado (PVPR), também conhecido como “preço aconselhado”. A DECO dá o exemplo de um vinho vendido num hipermercado, que tinha um preço recomendado de 11,99 euros e custava 3,59 euros.
Neste tipo de situações, o cliente fica com a perceção de que o desconto é maior do que é na realidade. É por isso que a ASAE confirmou em declarações ao Jornal de Notícias que quando avaliamos determinada promoção, a referência deve ser o preço de venda ao público (PVP) e não o preço recomendado (PVPR). Isto porque o PVPR não chega a ser muitas vezes aplicado e é na grande maioria das vezes mais elevado do que o preço “realmente” praticado em loja.
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