O Parlamento Europeu vai hoje eleger o novo presidente da instituição até 2024, que irá suceder a David Sassoli, que morreu há uma semana, na segunda metade da legislatura, sendo a maltesa Roberta Metsola a grande favorita à sucessão.
Nesta que é a primeira sessão plenária do ano, realizada na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados elegem hoje de manhã o novo presidente da assembleia europeia, procedimento que já estava previsto a meio da atual legislatura e não relacionado com a morte de David Sassoli.
A maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu (PPE), é a favorita para suceder ao dirigente socialista italiano, que assumiu o cargo no verão de 2019.
A eleição do presidente do Parlamento Europeu realiza-se por escrutínio secreto, sendo que, para ser eleito, um candidato deve obter a maioria absoluta dos votos expressos válidos, ou seja, 50% mais um.
Devido à pandemia, a votação será realizada por via remota, já que alguns eurodeputados não participam presencialmente na sessão.
Foram anunciadas quatro candidaturas à presidência da assembleia europeia: da maltesa Roberta Metsola (PPE), da sueca Alice Bah Kuhnke (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia), do polaco Kosma Zlotowski (Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus) e da espanhola Sira Rego (Grupo da Esquerda).
O anúncio oficial das candidaturas foi feito na segunda-feira (no prazo previsto) em plenário pelo vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), Pedro Silva Pereira.
Os candidatos irão começar por fazer uma breve apresentação e depois realiza-se a primeira volta do escrutínio, cujo resultado é anunciado pelas 11:00 (hora local, menos uma em Lisboa).
De seguida, os eurodeputados vão também eleger os 14 vice-presidentes e os cinco questores, que compõem a Mesa do Parlamento Europeu, escolha que determinará a composição deste órgão nos próximos dois anos e meio, ou seja, até 2024.
Todos os cargos eleitos do Parlamento Europeu (presidente, vice-presidente, questor, presidente e vice-presidente de comissão e presidente e vice-presidente de delegação) são renovados a cada dois anos e meio em dois anos e meio.
Na segunda-feira, o Parlamento Europeu prestou homenagem a David Sassoli, numa cerimónia em Estrasburgo, durante a qual vários dirigentes europeus destacaram o legado que deixa na Europa, marcado pela defesa dos mais vulneráveis.
Sassoli morreu em 11 de janeiro, aos 65 anos, em Aviano (Itália), onde se encontrava hospitalizado desde 26 de dezembro, sendo o primeiro presidente do Parlamento Europeu a morrer em exercício de funções nas quais estava prestes a ser substituído, no cumprimento de um acordo de partilha do mandato de cinco anos.
David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do parlamento, regressando no final do ano.
O funeral do político italiano, com honras de Estado, teve lugar na passada sexta-feira, em Roma.
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