A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Sul, deteve um homem suspeito de falsificação de documentos agravada, burla qualificada e branqueamento de capitais, que utilizou identidades falsas para abrir contas bancárias e movimentar montantes obtidos ilicitamente, anunciou esta quarta-feira esta polícia.
A detenção do suspeito, de 45 anos, foi feita fora de flagrante delito, ao abrigo de uma investigação conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, com a colaboração da GNR de Mértola, precisou a PJ num comunicado.
“A atividade criminosa do detido consistia em proceder à constituição de empresas, que não tinham qualquer atividade, com recurso a várias identidades falsas, em nome das quais abriu dezenas de contas bancárias em instituições de crédito sedeadas em território nacional”, avançou a força policial.
A mesma fonte esclareceu que, abertas as contas, estas recebiam “transferências de elevados montantes” que tinham sido “obtidos de forma ilícita”, mediante a utilização de ciberataques “vulgarmente conhecidos por ‘man-in-the-middle’ ou ‘CEO-Fraud’ (Business Email Compromise)”.
A PJ frisou que o suspeito procurava dissimular a origem ilícita dos valores creditados e fazia transferências para outras contas bancárias, “recebendo uma percentagem das transações efetuadas”.
Durante as diligências que levaram à identificação e detenção do suspeito, os investigadores encontraram e apreenderam “significativos elementos de prova”, mas ainda prosseguem a investigação “com vista à delimitação da extensão desta atividade criminosa”, referiu a Polícia Judiciária.
O detido vai ser presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial e, no final, ficará a conhecer as eventuais medidas de coação aplicadas, assinalou ainda a PJ.
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