À medida que a época natalícia se aproxima, a Netflix disponibiliza um novo documentário que procura analisar o impacto do consumismo, intitulado A Conspiração Consumista. Realizado pelo argumentista e cineasta Nic Stacey, distinguido com um Emmy, o documentário conta com a narração de Sasha, uma assistente virtual que exemplifica o papel do “diabo” do consumismo. Ao longo de 84 minutos, são apresentadas cinco regras usadas pelas marcas para impulsionar a compra excessiva de produtos. Saiba agora qual é, segundo a Versa, a “maior mentira” presente nos rótulos dos produtos que compra.
Embora a Amazon seja um dos focos principais, o documentário não se restringe a esta marca em particular. Durante a análise do comportamento do consumidor, são referidos casos de compra desenfreada, muitas vezes justificados pelos próprios consumidores com argumentos de reciclagem ou reutilização, ainda que a realidade, segundo as informações recolhidas, difira substancialmente.
Jan Dell, engenheira química entrevistada para o documentário, descreve a “pressão” exercida pelas embalagens e rótulos que exibem símbolos de reciclagem, ainda que o material não seja efetivamente reciclável. De acordo com a sua investigação, a maioria dos plásticos utilizados em produtos comuns não corresponde aos critérios necessários para serem reciclados, apesar de apresentarem o símbolo das setas entrelaçadas. Segundo o documentário, estes casos verificam-se em produtos tão variados como achocolatados em pó ou embalagens de papel higiénico, em que elementos plásticos impedem a reciclagem adequada.
O documentário indica também que a ausência de legislação rígida permite que as marcas coloquem símbolos de reciclagem sem fundamentação prática, resultando em elevados volumes de plástico depositados em aterros ou incinerados. Dados referidos apontam para uma taxa de apenas 10% de reciclagem de todo o plástico produzido no mundo.
No decurso do documentário, Jan Dell reforça esta constatação ao afirmar que a maior parte do plástico não é reciclável, enfatizando que a indicação presente nas embalagens raramente corresponde à realidade. Conforme as declarações recolhidas, a produção mais reduzida de plástico surge como uma possível resposta ao problema em análise.
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