Durante 378 dias, ligeiramente mais dias que a duração de um ano, quatro participantes vão simular a vida em Marte na Terra. A missão serve para preparar uma viagem tripulada ao “Planeta Vermelho” num futuro próximo.
A agência norte-americana NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) é mais conhecida pelas missões que executa no espaço, no entanto, também organiza experiências no nosso planeta.
A missão começou, no início deste mês, no Johnson Space Center, em Houston, no estado do Texas. Foi concebida para simular a vida em Marte. Os quatro participantes vão viver num espaço com pouco mais de 150m², para permitir aos cientistas estudar a capacidade de adaptação do ser humano a este tipo de ambiente.
Os participantes terão que executar uma série de exercícios de simulação rigorosos, tarefas de manutenção e funcionamento do acampamento, passeios espaciais simulados e o desenvolvimento e manutenção de culturas num ambiente desfavorável.
A NASA vai pagar 10 dólares por hora, ou seja 9 euros, durante todas as horas em que estiverem acordados, o que representa um pouco mais de 60.000$, aproximadamente 54.000€, por pessoa no final da simulação.
A equipa é composta por: um investigador científico, um engenheiro de estruturas, um médico e uma microbiologista, cada um dos quais com tarefas específicas a desempenhar durante os próximos meses.
Como nunca foi efetuada uma missão tripulada a Marte, este tipo de simulações vai ajudar a permitir identificar eventuais dificuldades que possam ocorrer quando astronautas estiverem a milhões de quilómetros de distância da Terra.
Uma missão à escala real na Terra é essencial para prevenir futuros risco, pese embora muitos dos pormenores já tenham sido pensados, simulados e estudados pelos investigadores.
Esta missão é de extrema importância porque pode permitir que o homem chegue a Marte. Mais importante é porque surge num contexto em que nos deparamos com alterações climáticas no nosso planeta que pode comprometer a vida de todos os seres vivos na Terra.