
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve vai concluir em 2017 um investimento de 4,3 milhões de euros, iniciado no ano passado, para melhorar o acesso aos cuidados de saúde de proximidade na região.
O organismo que tutela os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Algarve revelou esta quarta-feira que vai dispor este ano de uma verba de três milhões de euros para, entre outros projectos, construir “de raiz” três Unidades de Saúde Familiar.
Este valor soma-se à verba de 1,3 milhões de euros investida em 2016 na “reorganização funcional dos cuidados de saúde primários” e para “dotar os três ACES da região de instalações e equipamentos modernos e adequados”, completou.
“A ARS do Algarve encerrou o ano de 2016 com um conjunto de medidas estratégicas executadas, numa clara aposta no reforço da capacidade de resposta dos cuidados de saúde de proximidade, com o aumento do número de recursos humanos, a modernização e renovação de instalações e equipamentos e o alargamento da cobertura assistencial dos cuidados de saúde primários em toda a região”, referiu o organismo, em comunicado divulgado hoje.
A ARS destacou a abertura de três Unidades de Saúde Familiar (USF) em 2016 – em Lagos, em Castro Marim e em Portimão – e a “contratação de mais profissionais de saúde das várias áreas”, frisando que a taxa de cobertura da população do Algarve com médico de família passou de “58,9%, em 2013, para 81,9%, em 2016”.
Foram ainda renovados equipamentos informáticos e médicos nas diversas unidades de saúde, foi implementada a “receita sem papel” e instalado um sistema de monitorização de temperatura e humidade para “monitorizar, através de acesso remoto, as condições de temperatura dos medicamentos e vacinas”, equipamento que estará disponível em toda a região durante o primeiro trimestre de 2017, acrescentou a ARS algarvia.
A informação divulgada pela ARS refere que o ano de 2017 começou também com a “renovação da frota de viaturas de apoio aos cuidados de saúde primários da região”, mas ficará sobretudo marcado com o início da “construção de três novas USF de raiz e a aquisição dos respectivos equipamentos”, em Loulé, em Quarteira e em Albufeira.
A ARS do Algarve adiantou que estão também “previstas obras de conservação/beneficiação e adaptação funcional de Extensões e Centros de Saúde dos três ACES da Região do Algarve”, a “aquisição e implementação do Sistema de Gestão de Assiduidade”, a “implementação de um moderno e inovador Sistema de Gestão Documental” ou a “aquisição de ‘software’ de análises clínicas para o Laboratório Regional de Saúde Pública do Algarve, Dra. Laura Ayres”.
“Em 2017, vai ser reforçada a aposta nos cuidados de saúde de proximidade com a participação da ARS Algarve em protocolos com as autarquias para a disponibilização de Unidades Móveis de consultas ao domicílio”, considerou a ARS, precisando que está “em curso a aquisição de mais sete Unidades Móveis” com financiamento europeu e a colaboração da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, da Comunidade Intermunicipal do Algarve e de vários municípios.