Na noite de 3 de dezembro de 1989, após um dia marcado por chuvas intensas na região da serra de Tavira e São Brás, a cidade de Tavira foi assolada por uma das cheias mais devastadoras da sua história. Uma parede de água, com uma força e velocidade avassaladoras, desceu o rio Séqua, provocando destruição generalizada e deixando um cenário marcado pela devastação.
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Infraestruturas destruídas e bens arrastados pela corrente
Segundo os relatos da época, a força das águas foi de tal magnitude que arrastou tudo o que encontrou no seu caminho, deixando um rasto de destruição generalizada. Infraestruturas essenciais, como pontes, barcos de pesca e de recreio, camiões, automóveis e até paredes inteiras, foram levadas pela corrente, enquanto um denso lamaçal invadia a baixa da cidade, causando estragos em grande escala. Apesar da imensidão dos prejuízos materiais e do caos vivido pela população, não se registaram vítimas mortais nem feridos graves, um facto que, face à gravidade da situação, foi encarado como um alívio considerável para os moradores e autoridades locais.
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Danos materiais de grande impacto
Entre os danos mais visíveis estiveram a destruição parcial da Ponte Romana, onde dois dos seus arcos ruíram, e a deslocação de veículos pesados e ligeiros que acabaram submersos no rio Gilão ou espalhados em locais improváveis, como a Praça da República. Embarcações foram arrastadas ou submergiram, enquanto centenas de habitações na zona baixa da cidade ficaram inundadas, causando prejuízos incalculáveis aos moradores, que perderam muitos dos seus pertences.
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Memória coletiva e lições para o futuro
As cheias de 1989, perpetuadas na memória dos tavirenses, transformaram radicalmente a paisagem urbana e deixaram marcas profundas na história de Tavira. Passados 35 anos, este evento ainda é lembrado como a mais violenta inundação que a cidade enfrentou.
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