Olhão assinalou este domingo, 16 de junho, os 216 anos sobre o levantamento popular que, em 1808, aquando da ocupação francesa, culminou na expulsão das tropas napoleónicas da cidade cubista.
Essa revolta viria a valer ao lugar de Olhão o reconhecimento por parte do rei, e a consequente elevação a Vila da Restauração, que anualmente o Município evoca e celebra.
O dia começou com a cerimónia do hastear das bandeiras, a que se seguiu a habitual homenagem aos heróis de 1808, na Praça da Restauração.
Antes da sessão solene, que decorreu no Auditório Municipal, houve, também, lugar à visita a diversas obras de vulto que se encontram a decorrer no concelho, nomeadamente a requalificação da Escola Básica EB2,3 Prof. Paula Nogueira, a primeira fase do projeto de habitação a custos controlados e o novo Centro de Recolha Oficial de Animais.
Durante o discurso na sessão solene, o presidente da autarquia apontou as duas áreas que têm estado na linha da frente da estratégia do Executivo: a educação e a habitação.
Em relação à primeira, António Miguel Pina reforçou que “o parque escolar do concelho foi quase todo transformado e estamos no início do processo de termos uma rede de pré-escolar 100% pública. Já conseguimos ter uma rede de escolas de 2.º e 3.º ciclos e duplicámos a rede de escolas do 1.º Ciclo, o que permitiu que terminassem os horários duplos. Agora, falta ter uma rede de pré-escolar a 100%. Estamos já a construir mais seis salas de aula e estamos a projetar mais 12, que serão lançadas ainda neste mandato”.
No que diz respeito à habitação, “porventura um dos maiores desafios que a nossa sociedade enfrenta correntemente”, o autarca destacou a aposta forte que tem vindo a ser feita pelo Município na construção de habitação a custos acessíveis para todos.
“Estamos muito centrados na habitação. Antes de se começar a falar tanto no problema da habitação, nós já o tínhamos identificado. Em breve, entregaremos as chaves de 54 habitações, porque começámos ainda no segundo mandato. Estamos agora a preparar um espaço muito grande”, sublinhou António Miguel Pina, referindo-se ao projeto da antiga Litografia, “onde será possível construir cerca de 300 habitações. Espero lançar essa obra ainda este ano. Claro que o seu desenvolvimento e conclusão ficarão para quem vier a seguir”, concluiu o líder da autarquia olhanense.
Ainda de olhos postos no futuro do concelho, o edil perspetivou que “os territórios têm que saber até onde é possível crescer. Temos que começar a atrair agora outro tipo de atividades. Agora, a nossa aposta é captarmos empresas ligadas à inovação e à tecnologia. Esse será o Olhão 3.0”.
A encerrar a sessão solene que assinalou o Dia da Cidade de Olhão, o presidente da Assembleia Municipal, António Cabrita, depois de referir as obras que haviam sido visitadas, dirigiu-se a António Miguel Pina, para enaltecer o autarca: “Quem lidera não pode ir acriticamente atrás do que é moda ou do que é efémero. Não pode aceder unicamente para agradar. Um verdadeiro líder lidera, anda à frente, ausculta as verdadeiras preocupações das populações, sintetiza-as e procura as adequadas soluções de acordo com os meios disponíveis. Estou a falar consigo, senhor presidente”.
Mais uma vez este ano, o Jardim Pescador Olhanense foi palco de vários concertos. As Festas da Cidade contaram com as atuações, entre outros, da Orquestra do Algarve, Mónica Sintra, Tributo a Amy Winehouse e Sara Correia.
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