Os resultados turísticos registados no Algarve em agosto vêm confirmar o desempenho positivo da região neste setor, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão nota de um crescimento nos principais indicadores da atividade turística.
De assinalar o aumento dos proveitos totais, em que a região algarvia cresceu +7,4%, acima dos +6,4% da média nacional, atingindo os 262,4 milhões de euros.
Este valor mensal de proveitos veio, aliás, contribuir para os 904,2 milhões de euros acumulados desde janeiro de 2019, um valor equivalente a 41,6% do total dos proveitos arrecadados pelo todo nacional.
Segundo os dados no INE referentes a agosto, verificou-se igualmente um aumento de +9,6% no número de hóspedes, face ao período homólogo, com um total a rondar os 782 mil.
Neste indicador, o mercado britânico, que cresceu +10,7%, foi o que mais contribuiu na emissão de hóspedes para o Algarve (142,1 mil), seguindo-se os mercados espanhol (77,6 mil), francês (49,6 mil), irlandês (37,6 mil) e alemão (33,5 mil). A destacar o crescimento no número de hóspedes oriundos do Brasil (+47,2%) e dos E.U.A. (+22,3%).
No que diz respeito às dormidas, de acordo com os dados no INE, a região registou um crescimento de +1,8% em agosto, totalizando os 3,43 milhões. Para estes resultados contribuíram sobretudo as dormidas de turistas estrangeiros (com um aumento +2,2% e um total de 2,17 milhões de dormidas) e de residentes (com um aumento de +1,1% e um total de 1,25 milhões de dormidas).
No mês de agosto, o aeroporto de Faro registou 572,2 mil passageiros, atingindo um aumento de +3,6% face ao período homólogo.
Nota ainda positiva para o RevPAR (rendimento por quarto disponível), que subiu 3% em agosto no Algarve, também acima da média nacional (+2,5%), o que só revela a aposta do destino «na sua qualidade e autenticidade», segundo o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes.
Para João Fernandes, “estes resultados são bastante positivos e demonstram a dinâmica do Algarve. Este desempenho reflete, acima de tudo, a capacidade de análise, adaptação e de resposta de todos os agentes, operadores e entidades que contribuem, direta e indiretamente, para o sector”.
O responsável sublinha que “este empenho conjunto permitiu ultrapassar, com sucesso, um mês que se mostrou particularmente desafiante, quer devido ao contexto externo – com o arrastar da incerteza do Brexit, o menos favorável comportamento do consumo dos alemães face ao abrandamento da sua economia ou as anormais ondas de calor nos nossos mercados emissores – como interno – caso da greve dos motoristas de transporte de mercadorias e matérias perigosas”.