São mais de três décadas de muito sabor e união. A Frusoal – Frutas do Sotavento Algarve nasceu na década de 1980, quando o Algarve concentrava já cerca de 70 por cento da produção nacional de citrinos. A empresa, que começou a laborar com 24 sócios, é hoje a principal organização de produtores de citrinos do Algarve, contando com uma centena de associados e cerca de 1400 hectares de pomares de citrinos espalhados por mais de uma dezena de concelhos algarvios.
Sediada em Vila Real de Santo António, a Frusoal assume como principal missão uma produção integrada, cumprindo as normas em vigor e respeitando o meio ambiente: “Só recorremos a pesticidas ou químicos em último recurso e, mesmo assim com fortes condicionantes”, sublinha Pedro Madeira, sócio-gerente desta organização. O objetivo é o de sempre: produzir laranjas, tangerinas, clementinas e limões made in Algarve com o melhor sabor e a máxima frescura.
Aos seus associados, a Frusoal disponibiliza aconselhamento especializado e contínuo por parte de oito engenheiros agrónomos, que fazem o acompanhamento técnico no terreno, além de oferecer um parque de máquinas e alfaias agrícolas manobradas por operados com formação especializada, de forma a assegurar a produção integrada dos citrinos. Este modelo de negócio, sustentável e de grande proximidade aos produtores, é “guiado por um fio condutor comum, transversal às diferentes fases de produção, desde a preparação dos terrenos à adubação e desinfeção dos pomares, da rega e poda até à colheita e transporte dos citrinos”, refere o responsável.
Além do foco no fator humano, a Frusoal tem investido fortemente em tecnologia e na modernização dos seus equipamentos, com o intuito de potenciar a qualidade e a quantidade da produção citrícola na região algarvia.
E para garantir a máxima frescura dos seus frutos, a empresa procura fazer chegar os produtos ao consumidor no menor tempo possível. “Desde o momento em que são recebidos na moderna central da Frusoal, os citrinos são submetidos a um rigoroso rastreamento. Após a qualificação, os lotes são etiquetados e os frutos calibrados e divididos em categorias, para que seja possível identificar o percurso de cada citrino, desde o campo onde foi plantado o pé-de-laranjeira até ao consumidor final”, refere Pedro Madeira.
Com uma produção superior a 30 mil toneladas de citrinos, a Frusoal está presente na Grande Distribuição nacional e nos pontos de venda tradicionais. O mercado nacional acolhe 75% dos citrinos da Frusoal, mas o peso da exportação não para de crescer, valendo atualmente 25% do negócio desta organização de produtores. Espanha, França, Alemanha, Suíça, Reino Unido e Polónia são os principais destinos internacionais doscitrinos da Frusoal, que se encontra, neste momento, a implementar um plano de internacionalização que, além de reforçar a presença nestes mercados, pretende entrar em novas geografias como a Noruega e a Suécia. Em 2020, a empresa prevê atingir um volume de negócios de 25 milhões de euros.
Em fevereiro, para sinalizar a diferenciação dos seus citrinos e, simultaneamente, gerar mais valor acrescentado aos seus associados, a Frusoal lançou duas marcas próprias. A Gomo, que comercializa os citrinos do Algarve de categoria premium; e a Biogomo, dedicada aos citrinos biológicos, um nicho de mercado em expansão. “Sabor gomo a gomo” é o slogan destas duas novas insígnias, apostadas em fazer a Frusoal crescer cá dentro e lá fora.
(AC/HF)